Névoa-O-Scopus: D. Williamson sobre o Novo Rito de Ordenação

Numa postagem de 15 de novembro em seu blog, Dinoscopus, o Bispo Richard Williamson da FSSPX...

Postado pela Ação Restauracionista em 2025-05-10 18:01:00

Névoa-O-Scopus: D. Williamson sobre o Novo Rito de Ordenação

Numa postagem de 15 de novembro em seu blog, Dinoscopus, o Bispo Richard Williamson da FSSPX descarta um argumento contra o rito de ordenação sacerdotal de 1968 com o seguinte comentário:

“Mas o argumento acima, para chegar à sua conclusão, teria que provar que os documentos e reformas conciliares em si mesmos excluem positivamente o sacerdócio e a religião católica, porque enquanto o novo rito puder ser considerado como não excluindo o verdadeiro sacerdócio, ele ainda pode ser usado validamente para ordenar um verdadeiro sacerdote.

“Infelizmente (para fins de clareza), a vontade de Paulo VI, como vista em todas as suas reformas (e agora de Bento XVI), é introduzir a nova religião do homem ao lado da religião católica de Deus de modo a incluir e não excluir esta última! Ora, nenhuma mente sã pode suportar a ideia de 2 e 2 serem 5 de tal forma que não exclua que sejam 4. Mas as mentes conciliares não são sãs. Elas querem apostatar e ainda permanecer católicas! Assim, o novo rito de Ordenação pode omitir muitas características da ordenação católica, mas não introduz nada que exclua positivamente uma verdadeira ordenação.”

As passagens em questão são a névoa williamsoniana típica que o bispo lança quando quer obscurecer uma questão: uma construção de dupla negação convoluta (“nada que exclua positivamente”) que introduz um princípio teológico inexistente ou totalmente distorcido.

Quem diz — com isto quero dizer “qual teólogo diz” — que a forma essencial para um sacramento (“rito” nesta passagem de seu blog) deve ser considerada válida enquanto “não introduzir nada que exclua positivamente uma verdadeira ordenação”?

Esse é o princípio subjacente que D. Williamson gostaria que aceitássemos.

Mas é um desvio da questão realse as formas de Paulo VI para a conferência das Ordens Sacras, em latim ou vernáculo, introduziram uma mudança substancial nas formas, de tal modo que elas não mais significam o que precisam para conferir o sacramento validamente.

D. Williamson conhece este princípio subjacente. Por que então essa conversa fiada?

Porque, penso eu, a organização do bom bispo precisa satisfazer dois grupos:

(1) Leigos tradicionalistas que ainda se preocupam que os padres do Novus Ordo que trabalham com a FSSPX possam não ser validamente ordenados, e

(2) “Roma”, que, naturalmente, esperaria que a FSSPX reconhecesse a validade dos novos sacramentos como condição para futuras (e eternas) “negociações”.

Ao evitar a questão das novas formas sacramentais, a FSSPX pode tranquilizar os leigos de que as ordenações dos padres do Novus Ordo que trabalham com a FSSPX foram “examinadas caso a caso” para garantir a validade, ao mesmo tempo em que tranquiliza “Roma” de que a FSSPX não considera as novas formas como inválidas.

É uma situação ganha-ganha. Leite grátis para todos!

Então, D. Williamson produz argumentos que evitam e obscurecem a questão central.

Seu blog tem um dinossauro como mascote. Que tal uma enguia? Ou talvez o Monstro da Névoa?

Escrito pelo Rev. Anthony Cekada. Publicado na terça-feira, 18 de novembro de 2008, às 14:47. 

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