O Rito de Sagração de 68 e as Ordens Luteranas

EM 26 DE JUNHO DE 2008, o site conservador Novus Ordo Rorate Coeli publicou um artigo...

Postado pela Ação Restauracionista em 2025-05-10 17:48:00

O Rito de Sagração de 68 e as Ordens Luteranas

EM 26 DE JUNHO DE 2008, o site conservador Novus Ordo Rorate Coeli publicou um artigo criticando aqueles teólogos modernistas que promovem a noção de que os ministros luteranos podem de fato possuir sucessão apostólica válida. (Isso significaria que todos os sacramentos que eles conferem são válidos.)

Isso veio na esteira do artigo do Rorate de 14 de junho de 2008, “Got a Revolution, Got to Revolution,” uma crítica contundente às inovações modernistas nos ritos de ordenação de 1968 promulgados por Paulo VI. O artigo aludiu à controvérsia sobre a nova forma para a sagração episcopal, a qual, como demonstrei em meu estudo “Absolutamente Nulo e Inteiramente Vazio” não especifica suficientemente a ordem sendo conferida e, portanto, torna todo o rito inválido. Um artigo de 17 de junho do Irmão Ansgar Santogrossi OSB passou a defender a nova forma com base no “contexto”.

Ora, tudo isso é uma justaposição muito interessante, porque os princípios da teologia sacramental pós-Vaticano II de fato parecem permitir que seus adeptos sustentem que as ordens luteranas são válidas.

A razão é que a noção de uma forma sacramental essencial prontamente identificável foi substituída pelo “contexto” — na “igreja particular” ou comunidade, e no próprio rito sacramental.

Este princípio é a base para a declaração do Vaticano de 2001 que declarou válida uma anáfora (cânon) assíria que não continha palavras de consagração. A tendência geral e o contexto foram suficientes.

(Para uma discussão, veja o artigo do Bispo Sanborn “O Sacrament Unholy”.)

Na época, membros do establishment teológico modernista apontaram que o documento poderia ser usado como ponto de partida para declarar válidas as ordens protestantes.

Este argumento do “contexto”, é claro, parece ser o mesmo que o Ir. Ansgar usou em sua discussão anterior para defender a validade do Rito de Sagração Episcopal de 1968 — se “spiritus principalis” na forma essencial é vago, bem, o “contexto” o torna específico.

Tudo isso, porém, é impossível de reconciliar com os princípios padrão da teologia sacramental pré-Vaticano II.

Melhor admitir logo que as regras antigas não se aplicam.

Escrito pelo Rev. Anthony Cekada. Publicado na sexta-feira, 27 de junho de 2008, às 7:52.

Artigo Original