Lutero era um Rosacruz, um gnóstico, um arqui-inimigo da Igreja.

Traduzido de Johannes Rothkranz. Die Zertrummerung des Christlichen Abendlandes, Durach, Verlag Anton Schmid, 1977 pro inglês e depois para o português. Tradução: Mateus Larsan e Murilo Volff.

Outros Formatos

Martinho Lutero pertencia à congregação alemã dos eremitas agostinianos. Johann von Staupitz, “patrono e apoiador de Lutero” (Dietrich Emme, Martin Luther. Seine Jugend und Studentenzeit 1483-1505, Regensburg 1986, p. 178) em 1503 assumiu o cargo de professor em Wittenberg e se tornou vigário geral desta ordem. O LThK (Lexicon for Theology and Church - Léxico para Teologia e Igreja) (“Staupitz, Johann von”) fala sobre ele, entre outros:

“Em Wittenberg ele entrou em estreita associação com Lutero de 1508 a 1509 e novamente em 1512, a quem ajudou especialmente em seus temores de predestinação. Em 1512 foi sucedido por Lutero no cargo de professor de Teologia da Universade e desde então viveu principalmente no sul da Alemanha. Ele saudou com alegria a participação de Lutero na disputa da Indulgência. Porém, a partir de 1519 ficou mais alarmado e em 1520 renunciou ao cargo de Vigário Geral, especialmente para não ter que agir contra Lutero. Mudou-se para junto do cardeal M. Lang em Salzburg, onde se converteu à ordem beneditina em 1522 com dispensa papal e tornou-se abade de São Pedro. Isso levou a um afastamento de Lutero. Staupitz não compartilhou seus ensinamentos não-católicos, defendeu em 1523 a condenação dos luteranos como incrédulos e não se conteve (será?) em sua última carta a Lutero em 1524 (ano de sua morte)."

Portanto, esta é a imagem oficial de Staupitz na história “mainstream” da Igreja e, em poucas palavras, lembra a imagem oficial de Reuchlin. Reuchlin e Staupitz inicialmente apoiaram Lutero e sua Reforma, que eles também, cada um à sua maneira, desafiaram Roma fortemente. Então, no momento certo, eles se retiraram, permaneceram leais à igreja e morreram como seus filhos piedosos! É claro que deve ser deixado em aberto em qual religião eles realmente morreram, porque ainda é possível converter-se no leito de morte. Em poucas palavras: Staupitz não apenas pertencia a uma loja Rosacruz, ele era líder de uma. Essa também poderia ser a razão pela qual ele esteve principalmente no sul da Alemanha a partir de 1512, já que a sede desta loja era em Nuremberg.

“Lutero era escravo do líder da loja de Nuremberg”, observa corretamente Norbert Homuth, e apresenta a seguinte passagem da carta de Lutero de 3 de outubro de 1511 a von Staupitz como uma das muitas evidências disso: “– Você quase nunca está comigo, por sua causa me senti como uma criança sendo desmamada por sua mãe. Sonhei com você ontem à noite, senti como se você estivesse se separando de mim, chorei muito. Então você acenou com a mão, pude ficar calmo, você voltaria. “(Homuth, Die Verschwörung des Antichristus, p. 77 (com referência a Ludwig Keller, Die Reformation, Leipzig 1885, p 326).

Homuth explica ainda: A Loja Maçônica de Nuremberg, que trabalhava no espírito do humanismo, que também era chamada de “Sodalitas Staupitzana” por causa da liderança do Sr. Staupitz, foi o principal motor da fase Inicial da Reforma e do jovem Lutero. Por que? De acordo com as próprias palavras de Lutero, foram Staupitz e os seus irmãos da loja em Nuremberg que o incitaram contra o Papa. Uma fonte atesta essas próprias palavras de Lutero mas Homuth, infelizmente, não a cita. Entretanto pode-se encontrar uma no pesquisador de Lutero, Dietrich Emme, que apenas menciona de passagem o trecho extraordinariamente importante:

“Em um discurso à mesa registrado por Anton Lauterbach, Lutero escreveu (sic) em 16 de julho de 1539 sobre suas últimas horas antes de entrar no mosteiro: ‘Mais tarde me arrependi de ter feito o voto e muitos me desaconselharam. Mas eu insisti... Eu estava alheio ao mundo até que Deus considerou o momento certo, e os senhores Tetzel e Doutor Staupitz me impeliram (sic!) contra o Papa.”

Parece estranho que este testemunho instrutivo sempre tenha sido esquecido pela historiografia oficial da Igreja [1]; esperamos que isto se deva unicamente à enorme abundância de literatura deixada diretamente por Lutero (obras, cartas) ou indiretamente (ex: discursos à mesa).

É igualmente estranho que nenhum dos historiadores da Igreja Católica pareça ter alguma vez encontrado por acaso informações acerca das atividades da Loja de Nuremberg de von Staupitz. Fernand Mourret notou pelo menos a “falta de firmeza” de Staupitz: “Alguém o verá alternadamente apoiar Lutero e abandoná-lo, curvar-se a Tetzel e rir secretamente dele, corresponder-se com o Cardeal Caetano em termos amigáveis e combatê-lo.” [2]

Mourret na verdade atribui a apostasia de Lutero contra o papado à influência de von Staupitz (!), mas considera as suas provocações contra o mais alto Magistério eclesiástico como meras e tristes “burrices”.

Quando em Augsburg, em outubro de 1518, o legado papal, o Cardeal Caetano, ameaçou prender tanto o obstinado Martinho Lutero quanto von Staupitz, que ainda o apoiava, Staupitz aconselhou Lutero a fugir e, finalmente, ajudou-o a fugir também![3]

Embora o LThK (Lexicon for Theology and Church - Léxico para Teologia e Igreja) afirme vagamente que Von Staupitz não conteve “seu descontentamento contra o movimento luterano em sua última carta a Lutero”, o biógrafo judeu de Lutero Richard Friedenthal, não apenas dá mais detalhes com também mostra uma perspectiva um tanto diferente: “O abade responde ao seu querido Martinho e assegura-lhe que ainda o ama constantemente... Staupitz cita outro exemplo das Escrituras, a parábola do filho pródigo. Lutero conduziu o povo das vagens vazias dos grãos, que o filho pródigo comia em sua pobreza com os porcos, de volta ao reino da vida. O povo lhe devia muito. Mas ele alerta: Lutero não deveria perturbar o coração das pessoas comuns! Staupitz pede, ao seu querido amigo, que pense nos pequenos e não preocupe as suas consciências. Ele reza pelos neutros, que persistem na crença honesta – e Lutero não deveria condená-los! Quantos abusam do evangelho por causa da liberdade da carne. Talvez, pensa Lutero resignadamente, a sua mente seja demasiadamente hesitante ou tímida, e é por isso que Lutero deve compreender quando ele [Staupitz] se curva em silêncio. Esta amizade termina em silêncio, sem um rompimento; pouco depois, Staupitz falece.’[4]

A Loja Rosacruz de Nuremberg

Para a historiografia profana e eclesiástica (“da Corte”), a dita loja parece – como a Maçonaria em geral!! – não ter existido. No entanto, é tudo menos um fantasma. Porque Norbert Homuth, aliás ele próprio morando em Nuremberg, obteve seu conhecimento desta loja humanística e sua influência decisiva sobre Martinho Lutero e a Reforma a partir de um livro publicado em 1885 em Leipzig: A Reforma de um certo Dr. Ludwig Keller.[5]


Os membros da Loja Rosacruz de inspiração cabalística de Nuremberg, que, como já mencionado, era presidida por Johann von Staupitz, eram, segundo Homuth/Keller: Lazarus Spengler, Albrecht Dürer, C. Celtis, Holzschuher, Georg Beheim, Anton, Andreas e Martin Tucher e Kaspar Nützel, Jakob Welser, Chr. Scheurl, W. Pirckheimer, Hieronimus Ebner, et al.[8] Pelo menos os quatro membros da loja que destaquei em negrito destacaram-se como apoiantes ativos da reforma luterana (Celtis morreu demasiado cedo para poder cooperar). A historiografia comum da Igreja captou o fato de que Nuremberg foi o verdadeiro foco da divisão religiosa, mas não conhece a verdadeira razão para isso: o concentrado trabalho subterrâneo (e nem um pouco aleatório) de uma comunidade judaico-Cabalista governou a Loja Rosacruz (e não apenas alguns humanistas isolados ou poucos amigos).

O artigo Nürnberg da LThK (Lexicon for Theology and Church - Léxico para Teologia e Igreja) afirma de forma significativa: “Os ensinamentos de Lutero encontraram simpatia desde o início no mosteiro agostiniano, que estava intrinsecamente ligado a von Staupitz, frequentado por conselheiros e cidadãos respeitados; foi pregado por W. Link e pelo eloquente A. Osiander,… defendido por Laz. Spengler no conselho municipal. Este estado de espírito também influenciou as Dietas de Nuremberg (NT. Dieta significa aqui uma assembléia para decidir questões de império. E o termo“Dietas de Nuremberg” é o termo oficialmente empregado) em 1522/23 e 1524. … A vitória do Luteranismo em Nuremberg já estava decidida antes da discussão religiosa liderada por Scheurl (março de 1525). A atitude de Nuremberg tornou-se da maior importância para o protestantismo como um todo”. Enfatizei novamente em negrito os nomes dos Irmãos da Loja Rosacruz que determinaram a atitude de “Nuremberg”! Logo mais falaremos sobre Wenceslaus Link, que também foi destacado.

O completamente não-espiritual Ulrich von Hutten, não entendia quase nada das preocupações teológicas de Lutero; estranhamente, porém, ele sabia exatamente a quem recorrer quando, em 1520, teve de desabafar sua alegria irreprimível diante da nova liberdade espiritual supostamente trazida por Lutero: “Hutten aplaudiu esperançosamente e descuidadamente em uma famosa carta ao patrício de Nuremberg, Willibald Pirckheimer, amigo de Albrecht Dürer e chefe do Círculo Humanista de Nuremberg: ‘Ó século! Ó ciências! Que alegria viver agora e não se aposentar, meu caro Willibald! Os estudos florescem, os espíritos se agitam! Mas você, Barbárie (espírito incivilizado), pode pegar a corda e ir para o exílio…”’[9]

Ouçamos como terceira testemunha insuspeita Joseph Lortz, que não tem ideia sobre a Loja Rosacruz de Nuremberg, e ainda assim lista seus expoentes mais importantes, um após o outro: “Acompanhamos de perto como a atmosfera para a inovação foi preparada em Nuremberg por vários círculos, e como isso é explorado pela Câmara Municipal (e pelas Dietas de 1522/23 e 1524). Em 1521, o humanista Pirkheimer travou guerra contra o portador da bula papal em ‘Der Gehobelte Eck’; desde 1522 o humanista Osiander prega sobre o Anticristo em Roma; o mosteiro agostiniano abre-se ao novo ensinamento; Spengler, um escrivão municipal, escreve já em 1521 um panfleto em defesa de Lutero e influencia da mesma forma o conselho municipal, onde se lê os livros de Lutero apesar das proibições (como em todos os lugares); Dürer aguarda o renascimento cristão que Lutero deveria trazer… Está comprovado que a passagem oficial da cidade, isto é, do conselho municipal, do catolicismo ao luteranismo foi extraordinariamente bem preparada: o destino dos primeiros fracassos é revelado. O conselho da cidade está agora a expandir a sua soberania medieval tardia sobre a Igreja (em parte através de negociações diretas com Roma) de tal forma que, após as conversações religiosas de 1525, lideradas por Scheurl, o conselho está no controle da situação.

Todos os Irmãos Rosacruzes relevantes estão listados aqui novamente (o próprio von Staupitz estava por trás do mosteiro agostiniano). Finalmente, vamos dar uma breve olhada no que a LTHK (Lexicon for Theology and Church - Léxico para Teologia e Igreja) – precisamente por causa da sua ignorância – tem a dizer sobre estes “iniciados”, autores da revolução Judaico-Cabalista:

  1. ‘Dürer, Albrecht’: ‘Na primeira emoção, ele acolheu Lutero como um lutador contra os abusos. Diante do desenvolvimento posterior, especialmente da iconoclastia, retirou-se do movimento, concordante com seu amigo Willibald Pirkheimer; mas, assim como ele, mantinha bom relacionamento com Melanchthon, que era valorizado como mediador – um irmão maçom (!), como se mostrará mais adiante
  2. Pir(c)kheimer, de uma família patrícia de Nuremberg… Willibald: ‘Ele defendeu Reuchlin e atacou o oponente mais poderoso de Lutero, que, para ele, não era Nik. Gerbel de Estrasburgo, mas Eccius dedolatus. [Der gehobelte Eck, Glib Eck]…. e numa uma segunda comédia não impressa... com sátira amarga. Porém, embora a princípio ‘bom luterano’, ele não queria romper com a Igreja. Em 1521 ele pediu, portanto, a absolvição da punição que o atingira como seguidor de Lutero... Pirckheimer era apenas amigo do suposto reformador Lutero; para o falso mestre (Melanchthon) ele era um “firme inimigo”, tão decidido que continuaria a manter “um bom relacionamento” com o falso mestre Melanchthon (veja acima!)!’
  3. Scheurl, Christophs: “Inicialmente entusiasmado com Lutero e ainda líder da Discussão Religiosa de Nuremberg em 1525, ele, amigo de Eck, não ficou satisfeito com o desenvolvimento da Reforma e, pelo menos desde 1530 [?], manteve-se firme a velha Igreja”. Manteve-se assim possivelmente apenas para encobrir vestígios, como seus outros irmãos da loja.
  4. Spengler, Lazarus: ‘Amigo de W. Pirckheimer, compositor, defendeu os ensinamentos de Lutero com vários escritos… e contribuiu muito para a sua vitória em Nuremberg. Por instigação de Eck, ele foi excomungado da Igreja, da qual ele, como Pirckheimer, foi posteriormente readmitido. Mas presumivelmente no mesmo espírito que este amigo de Melanchthon! (NT. Um provável falso arrependimento)

Martinho Lutero

O superior e amigo paternal de Lutero, von Staupitz, colocou-o em contato próximo com a Loja Rosacruz de Nuremberg, que ele dirigia. “Já em 1516, isto é, 1 ano antes da publicação das teses de Lutero,[10] Lutero mandou fazer para ele o brasão de sua família, claro que em Nuremberg, e especificamente uma rosa cruz, o símbolo dos Rosacruzes... Com este brasão Lutero confessou abertamente sua simpatia pelas idéias da Loja de Nuremberg, que ele visitou mais de uma vez, por exemplo, em 23 de outubro de 1518, na viagem de volta de Augsburg e em outubro de 1510 [sic]. Lazarus Spengler cuidou da produção do brasão rosa-cruciano e depois perguntou a Lutero ‘se ele gostou’”.[11] E mais:

“Staupitz tornou-se cada vez mais um líder espiritual, que iniciou Lutero cada vez mais profundamente ... no conhecimento iluminado das irmandades secretas, que naquela época tinham todas uma coisa em comum: esperavam o consolo de Israel, aguardavam por um homem que iria libertar a Igreja do seu ‘cativeiro babilônico’. Assim, Lutero, a quem já havia sido oferecida a liderança da Loja de Nuremberg, viu-se empurrado para o papel de libertador, o que aceitou de bom grado. Ele agora se autodenominou Eleutheros (Libertador). Numerosas cartas de Lutero assinadas como Eleutheros sobreviveram. Ele também mudou seu nome original de Martin Luder para Martin Lutherus, aludindo a Eleutheros, e seu panfleto de campanha Do Cativeiro Babilônico da Igreja tem como plano de fundo esta sua autoconfiança.[12]

O amigo de Lutero[13], Wenzel Wenzeslaus Lin(c)k, que seguiu sua heresia, era ao mesmo tempo confidente de Staupitz e depois seu sucessor como Vigário Geral[14]; “como confidente de seu superior e ao mesmo tempo presidente da loja de von Staupitz, ele também poderia ser um 'iniciado' nos segredos dos Rosacruzes.” Juntamente com von Staupitz, ele fugiu em outubro de 1518 do legado papal, cardeal Caetano, de Augsburg. O LThK escreve sobre sua conexão com von Staupitz e sua influência sobre Lutero (op. cit., art. Link (Linck [h]), Wenzeslaus), quando ele se tornou decano da faculdade de Wittenberg quando Lutero conseguiu seu doutorado e começou a dar aulas de teologia nessa faculdade. Ao mesmo tempo, Linck foi prior do mosteiro agostiniano por um tempo, acompanhou seu patrono Staupitz em viagens de visitação ao sul da Alemanha, Reno e Holanda... 1517-19 foi pregador em Nuremberg, em 1520 sucedeu Staupitz como Vigário Geral da Ordem da Província Alemã. Era um amigo de confiança de Lutero, cuja posição também foi discutida nas resoluções do capítulo de Wittenberg da Ordem (janeiro de 1522) quando cada vez mais membros da ordem o apoiavam.

Levando em consideração que Dietrich Emme[15] «provou, através de um estudo profundo das fontes primárias, que Martinho Lutero não se limitou a aderir à ordem agostiniana», mas procurou refúgio ali em dois aspectos, tanto da justiça secular, como também por causa da sua angústia de consciência. Depois de Lutero ter esfaqueado um comissário em Erfurt em um duelo, deve ser considerado provável que seus superiores da ordem Rosacruz, von Staupitz e Link, usaram a angústia da consciência de Lutero, sobre a qual Staupitz, que tinha sido o confessor regular e guia da alma de Lutero[16] desde 1508, conhecia da melhor maneira possível! E essa consciência atribulada não foi tratada, mas habilmente usada para os objetivos subversivos deles próprios e daqueles que os encomendaram. Lutero pessoalmente, ao estabelecer sua heresia da Reforma, estava principalmente preocupado com a superação teológica subjetiva de seus escrúpulos atormentadores. Isto é apoiado pela sua notável reviravolta, que Homuth descreve e avalia apropriadamente da seguinte forma:

“Embora Lutero tenha rompido com o sistema de lojas em 1525 porque ele reconheceu corretamente o fundamento judaico-cabalista das mesmas como o movimento de emancipação do Judaísmo (veja seus discursos de ódio contra os judeus), isso não teve mais qualquer influência no curso posterior dos acontecimentos; já era tarde demais; o trabalho de divisão da igreja já havia sido concluído com sucesso.’ [17]


Notas e fontes:

  1. Compare-se, por exemplo, o julgamento mais que benevolente de Loriz, op. cit., pág. 236: “Staupitz, superior de Lutero, estava ligado de maneira especial ao destino de Lutero. Ele dera ao jovem monge em dificuldades algum cuidado pastoral. Ele o trouxe para a cátedra bíblica em Wittenberg. Ele compreendia a oposição de Lutero à escolástica e a muita revolta contra a Igreja. Mas ele era católico. Ele sofreu com o desenrolar dos acontecimentos.”
  2. Mourret, op. cit., pág. 290. 34 Ibidem. P. 293. Como exemplo, Mourret descreve o seguinte incidente: “Lutero um dia encontra as obras de Johannes Hus na biblioteca da Convenção de Erfurt. Ao ler, ele não consegue deixar de sentir profunda simpatia por esse espírito corajoso. Claro, Roma o condenou! Esse pensamento o preocupa. Mas um dia Staupitz mostrou-lhe o retrato de um de seus antecessores na galeria dos superiores da Ordem de Santo Agostinho, Zacarias, e disse-lhe: 'Você vê este monge: ele deve estar no inferno se não se arrependeu ; pois ele é um daqueles que condenou João Hus no Concílio de Constança por falsificar a Bíblia. Slogans semelhantes ajudaram a diminuir a reputação aos olhos de Lutero, que até então gozava da autoridade de um concílio que condenou um herege.”
  3. Ver ibid. pág. 311f. De acordo com Richard Friedenthal, Lutero. Sein Leben und seine Zeit, 8ª edição Munique – Zurique 1982, p. 223f, von Staupitz teria deixado a cidade de Augsburg antes de Lutero para evitar a ameaça de prisão.
  4. 36 Friedenthal ibid. p. 401.
  5. Cf. Homuth, Die Verschwörung des Antichristus, op. cit., p. 77 and 81
  6. Cf. Karl Heue, Entente-Freimaurerei und WWII, 2ª edição (reimpressão da 3ª edição, 1920) Struckum 1991, p. 59 ou pág. 119 nota 1.
  7. See Johannes Rothkranz, Freimaurersignale in der Presse. Wie man sie erkennt und was sie bedeuten. Durach (Verlag Anton A Schmid) 1997
  8. Homuth, Die Verschwörung des Antichristus, p. 77 (Keller, Die Reformation, op. cit. p. 326), grifo nosso.
  9. Friedenthal loc. cit. pág. 278f, grifo nosso.
  10. O que, de acordo com os resultados irrefutáveis da pesquisa de Erwin Iserloh, nunca aconteceu, mas é pura lenda.
  11. Homuth, Die Verschwörung des Antichristus, op. cit. pág. 78 (referindo-se a Junghans loc. cit.).
  12. Ibidem. pág. 79. Segundo Mourret, loc. cit. pág. 281 nota 5 'Lutero assinou com o nome de seu pai Luder até 1517 [!], altura em que abandonou este nome, que significa 'carniça', em favor de 'Lutero' que – disse ele – vem de Lothar ou Lauter .'
  13. Tão consistentemente Friedenthal loc. cit. pág. 216 e Mourret loc. cit. pág..308
  14. Lortz loc. cit. pág. 356f.
  15. Emme loc. cit. passim.
  16. Cf. Mourret op. cit. pág. 290 nota 2.
  17. Homuth, Die Verschwörung des Antichristus, op.cit. pág. 80.