[Virgo Maria] Um brasão episcopal Rosacruz para o Mons. Williamson (Cunctator)?

O brasão do Mons. Williamson (apelidado de ‘Cunctator’) inclui uma rosa colocada no centro de uma cruz « florida ». Por que essa simbologia?

Outros Formatos

Um brasão episcopal Rosacruz para o Mons.. Williamson-‘Cunctator’?

Segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O brasão do Mons. Williamson (apelidado de ‘Cunctator’) inclui uma rosa colocada no centro de uma cruz « florida ». Por que essa simbologia?
Como ignorar sua completa semelhança com os brasões Rosacruz?

Mons. Williamson até mesmo acentuou essa simbologia da rosa (pentágono) no meio de uma cruz. O brasão e a divisa de S. Ex. Mons. Williamson-‘Cunctator’ (1990) - FIDELITER N° 78 (novembro-dezembro 1990)

A ATUALIDADE DA TRADIÇÃO

O brasão e a divisa de S. Ex. Mons. Williamson[1]

« DESCRIÇÃO HERÁLDICA : de azul com um leão andando que guarda brandindo na garra direita uma espada horizontalmente, a lâmina é de prata, a garra e o pomo da espada de ouro. Na ponta, uma cruz florida de prata, em seu centro uma rosa vermelha com barbas verdes.
A ideia do leão brandindo uma espada é emprestada do brasão pontifical de São Pio X. A cruz florida e o fundo azul honram a Santíssima Virgem. A rosa vermelha representa a Inglaterra, pátria do Mons. Williamson.
A DIVISA: Fidelis inveniatur : «Que seja encontrado fiel». » Fideliter n°78

Um artigo da Wikipedia dedicado à simbologia Rosacruz nos ensina isto:

« O simbolismo da rosa e da cruz
Rosacruz bordada em uma toalha de altar
Esse símbolo clássico do século XVII foi retomado pela AMORC na forma de uma cruz de ouro tendo em seu centro uma única rosa vermelha. A cruz representa o corpo físico, e a rosa a alma em via de evolução, como a flor se abre lentamente à luz. Simbolicamente, designa um estado espiritual a ser alcançado, e o resultado da busca de um conhecimento de ordem cosmológica em relação ao hermetismo cristão. Essa visão toda moderna do símbolo da ordem não poderia limitar seu significado. A esse título, seria interessante lembrar que segundo Robert Fludd, o símbolo da ordem seria rosa vermelha sobre uma cruz vermelha (Summum Bonum, 1629). Inscrevendo-se na linhagem dos Manifestos rosacrucianos do século XVII, Robert Fludd situa essa simbologia no cristianismo, acrescentando que « os Rosacruz chamam-se irmãos porque todos são filhos de Deus e que a rosa é o sangue de Cristo, que, sem a cruz interna e mística, não há abnegação, nem iluminação».
As sociedades rosacruzes passadas e presentes interpretaram o simbolismo da rosa e da cruz de diversas maneiras: A Ordem Cabalística da Rosacruz de Stanislas de Guaita e Joséphin Péladan tinha como símbolo uma cruz inspirada na Cruz de Malta adornada com um pentagrama e quatro rosas, a Rosicrucian Fellowship possui como símbolo uma cruz ornamentada com uma coroa de rosas, etc.
A Rosacruz de Ouro designa a rosa em flor como sendo o símbolo da perfeição divina da alma, materializada pelo ouro. A cruz de ouro representa o corpo do homem transfigurado. Esta escola evoca um caminho, vivido através de três rosas, três fases de transformação:
A rosa branca representa a purificação.
A rosa vermelha evoca o sangue do Amor derramado por todos, através do Serviço ao próximo.
A rosa de ouro é a realização, a reintegração do Corpo, da centelha divina (a Alma) e do Espírito na harmonia original divina. »[2]

Já havíamos sinalizado em uma mensagem de 18 de dezembro de 2006, ao comentar a criação do Instituto do Bom Pastor por Roma, que a simbologia do Bom Pastor é retomada pelo 18° grau Rosacruz da maçonaria, e tínhamos dado a significação que, segundo o antigo «bispo» da Igreja católica gnostica (sic) Jules Doinel, os maçons atribuem a essa «simbologia», reproduzimos abaixo:

« O mistério luciferiano da Rosacruz
A simbologia da rosa e da cruz torna-se negativa em relação à Redenção realizada pelo adorável sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, ela se propõe a ser o selo do silêncio a ser posto sobre essa Redenção eficaz, visa obstruir o fluir das graças sacramentais que os rosacruzes detestam.
« O que significa então a Rosa do silêncio colocada sobre a Cruz e naquele lugar da Cruz onde repousava a cabeça coroada de espinhos do Senhor? Ela significa o selo da anulação sobre a Redenção. A Rosa fixada à cruz não é outra coisa senão a anulação da obra da Cruz. E somente Lucifer pôde ter esse pensamento. Somente ele pôde conceber essa teoria monstruosa. » J. Doinel

E Jules Doinel cita um discurso proferido em uma retaguarda:

« Este meio será, portanto, selar (sic) a Cruz, como se selasse um testamento precioso que se quer tornar inútil. Assim, colocaremos sobre a Cruz, o selo da Rosa. NÓS IMPOMOS SILÊNCIO À CRUZ. E a cruz silenciosa não falará mais aos homens de uma salvação e de um dever, que não são o dever que nos incumbe, nem a salvação que esperamos. Por outro lado, o catolicismo privado da Cruz e dos frutos da Cruz, que são a caridade, a abnegação, a paciência, o perdão das ofensas e a reforma da vida individual assim como da vida social. O catolicismo perderá seu prestígio e sua ação sobre as mentes cultas, primeiro; sobre as massas, depois. Selar a Cruz. » J. Doinel

Quando os rosacrucianos salpicam suas obras de rosa e de cruz, não vemos nele nenhum ato de piedade, mas sim este « selo » pelo qual assinam sua obra de extinção das graças que fluem do Sacrifício da Cruz, pelo qual pretendem impedir que a água e o sangue não escorram do lado do Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob a ferida da lança. »[3]

Nesse mesmo mensagem de 18 de dezembro de 2006, também registramos isto, o site Dici.org tendo publicado uma imagem de uma rosa e uma cruz para ilustrar o « buquê espiritual » sacrílego[4] :

« O « buquê » espiritual se tornou uma « gerbe magnifique » de rosas… de Rosacruz?

A manobra de aliança da FSSPX conheceu uma aceleração, desde a reeleição do Monsenhor Fellay em 12 de julho de 2006, pelo lançamento da impostura sacrílega do « buquê » espiritual, pelo qual foi solicitado aos clérigos e aos fiéis que rezassem um milhão de terços para que a Muito Santa Virgem Maria concedesse a Ratzinger a « força de libertar o rito de São Pio V ».

Ao publicar os resultados deste « buquê », o padre Lorans exibiu no site Dici.org[5] o seguinte símbolo, chamando esse « buquê » de uma « gerbe magnifique » :

Montagem fotográfica publicada por Dici.org para apresentar a simbólica da « gerbe »

A montagem na foto do "buquê espiritual": uma rosa + uma cruz e então na cruz do terço, não Nosso Senhor crucificado, mas o PX (abreviação de Pax e Pax Christi) que se encontra na vela pascal assim como nas novas edições de missais há vários anos. Coincidência notável esse PX deve ser associado a outro, o Pax Vobis da saudação dos Rosacruzianos.

É claro, à luz do texto de Jules Doinel que acabamos de citar, que este símbolo exibido em Dici.org pode sofrer uma leitura bem diferente, e sem que ele o saiba, daquela que pretende dar o padre Lorans, como é o caso dos símbolos que os rosacruzianos se apropriaram.

Que daria uma tal leitura rosacruz?

Se se provar que esta imagem manifesta um símbolo rosacruz (a rosa do silêncio selada na cruz), esta simbologia expressaria que a finalidade real do « buquê » seria, em última análise, negar os efeitos salvadores da Redenção ao cortar os frutos do Sacrifício, pois a captura da FSSPX à qual deve levar o Motu Proprio (fruto solicitado pela oração do « buquê ») permitiria que os « anticristos » (cf. Dom Lefebvre) de Roma assumissem o controle da FSSPX e interrompessem a transmissão do Sacerdócio válido. O que assim realizaria o lema INRI: I(esus) N(azarenus) R(esurrexit) I(ncassum): É em vão que Jesus, o Nazareno, ressuscitou. Os Rosacruzes que perseguem com seu ódio a missa e o Santo Sacrifício dos altares teriam, por um movimento que teria a aparência de piedade (rosário), conseguido destruir a transmissão do Sacerdócio perpetuada em 30 de junho de 1988 por Dom Lefebvre e interromper o sacrifício da cruz que se renova em nossos altares. Além disso, os Rosacruzes que teriam inspirado o « buquê », estariam então tendo sucesso em desencadear assim a destruição final do Sacerdócio, ao mesmo tempo em que zombavam da Santíssima Virgem Maria, Mãe do Sacerdócio, e fingindo atribuir-lhe o « milagre » do Motu Proprio Tridentino. Isso seria verdadeiramente da Arte Real. E o PX seria, nesta interpretação, o toque final, a assinatura de sua obra.

Não estamos questionando o padre Lorans, simplesmente acreditamos, por outro lado, que no seio do Vaticano atual se encontram rosacruzes e então nos perguntamos quem, em Roma, inspirou esta impostura do « buquê »? Quem influenciou a simbologia escolhida para comunicar sobre o resultado deste « buquê »? Pois uma montagem fotográfica mais adequada teria sido fácil de realizar. Sem dúvida há uma influência romana por trás de tudo isso, e é importante saber qual precisamente, assim como descobrir seus intermediários. »[6]

Aqui está um exemplo de brasão de um iniciado Rosacruz:

Uma rosa vermelha no centro de uma cruz de ouro « florida ou treflada »

Nossas perguntas a Dom Williamson-‘Cunctator

Após ter sido o discípulo fervoroso de Malcolm Muggeridge, ele mesmo e seus dois filhos fortemente ligados aos meios Fabianos, Anglicanos e à High Church (estreitamente unida às lojas iluministas britânicas), um de seus filhos pertencendo mesmo à seita iluminista apocalíptica darbyista dos Irmãos de Plymouth, hoje cristiano-sionistas, cujos pais do famoso mago satanista Aleister Crowley[7] eram fanáticos adeptos, agora nos interrogamos diante da escolha de armas feita por Dom Williamson para sua consagração episcopal.

  • Por que uma rosa vermelha?
  • Por que no centro de uma cruz « florada »?
  • Por que em um pentágono?
  • Por que este pentágono tem uma ponta para baixo? (negação conhecida da Santíssima Virgem Maria – Stella Maris nos meios mencionados)

E o que significa seu lema ‘que ele seja encontrado fiel’? Fiel a quem, a quê? À Rosacruzes?

Um tal lema é ambíguo, permite uma dupla interpretação.

O QUE É AMBÍGUO NÃO É CATÓLICO.

E essas coisas muito curiosas não param por aqui.

Na verdade, durante o aniversário de 10 anos das consagrações, a revista Fideliter publica em maio-junho de 1998, em seu n°123, os brasões dos quatro bispos.

Essas fotografias de brasões foram visivelmente feitas a partir de um tecido. Esses quatro brasões possuem uma unidade de apresentação, de tipografia para o lema: são aqueles que foram controlados no momento das consagrações por Dom Lefebvre.

E, para nossa grande surpresa, constatamos que o brasão de Dom Williamson de 1988 (publicado em 1998) não é o mesmo de 1990.

Na verdade, o brasão de 1988 exibe de forma bem mais discreta, mais « subliminar », a simbologia da Rosa e da Cruz.

O pentágono é menos marcado.

Também notamos que a tipografia de 1990 é diferente da de 1988. Em 1988, ela é banal, em 1990, trata-se de uma tipografia gótica, da qual sabemos que é muito apreciada nos meios Rosacruzes anglo-saxões.

E muito curiosamente, as armas (modificadas) de Dom Williamson só foram publicadas muito tardiamente, mais de 2 anos e meio após as consagrações, ou seja, apenas 4 meses antes da morte inesperada de Dom Lefebvre.

  • consagrações: 30 de junho de 1988
  • armas de Dom Fellay e Dom Tissier de Mallerais: Fideliter n° 67, janeiro-fevereiro de 1989
  • armas de Dom de Galaretta: Fideliter n° 71, setembro-outubro de 1989
  • armas de Dom Williamson: Fideliter n° 78, novembro-dezembro de 1990

Por que um tal atraso?

Continuemos a boa luta.

Padre Marchiset


ANEXO I

Brasão de Dom Williamson publicado pela revista Fideliter (n° 123 – maio-junho de 1998) durante o aniversário de 10 anos das consagrações, retomando os quatro brasões desse evento de 30 de junho de 1988.

ANEXO 2

Entorno de Malcolm Muggeridge, o mentor de Dom Williamson[8]

Fotocopie e difunda


[1] Cf. mensagens VM de 17 de setembro de 2007:

http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-09-17-A-00-Mgr_Williamson_Muggeridge.pdf

http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-09-17-B-00-Mgr_Williamson_Actions_US.pdf

[2] http://sww.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-12-18-A-00-Bon_Pasteur_Symbolique_Rose_Croix_1.pdf

3 http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-12-18-A-00-Bon_Pasteur_Symbolique_Rose_Croix_1.pdf

[4] http://www.virgo-maria.org/articles/2006/Tract_appel_des_fideles_a_Mgr_Lefebvre%20TIRAGE.pdf

[5] http://www.dici.org

[6] http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-12-18-A-00-Bon_Pasteur_Symbolique_Rose_Croix_1.pdf

[7] Aleister Crowley, antigo dignitário da seita britânica satânica iluminada Golden Dawn, da qual alguns observadores afirmam que a Fabian Society seria apenas um círculo externo (*), foi grão-mestre da seita satânica iluminada bávaro-suíça do Ordo Templi Orientis (OTO), situada em Munique e Einsiedeln (**), da qual o Secretário de Estado de Leão XIII, o Cardeal Mariano Rampolla del Tindaro, era um dos altos dignitários na morte de Leão XIII em 1903 e quase sucedeu a este último.

(*) cf. mensagem VM de 2 de outubro de 2007 - Muggeridge n°1 - A « Golden Dawn » e o oculta-mundialista anglo-saxão**

http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-10-02-C-00-Societes_secretes_europeennes.pdf

(**) cf. mensagem VM de 11 de novembro de 2006:

http://sww.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-11-11-B-00-Le_scandale_d_Einsiedeln.pdf

[8] http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-09-11-A-00-Mgr_Williamson_Muggeridge.pdf