A FSSPX INFILTRADA POR GNÓSTICOS - PARTE I

Oferecemos-lhe esta nova série de artigos sobre a infiltração gnóstica dentro da FSSPX.

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A FSSPX INFILTRADA POR GNÓSTICOS - PARTE I

Oferecemos-lhe esta nova série de artigos sobre a infiltração gnóstica dentro da FSSPX. Devido à sua amplitude e com o objetivo de facilitar a sua leitura, apresentamo-la em várias partes.

"Mas em nossos seminários e na quase totalidade de nossos prioratos, opomo-nos completamente a este mundo que navega nas águas turbulentas da Gnose. Infelizmente, temos de reconhecer que essas pessoas de espírito pervertido conseguem penetrar nos meios que se defendem menos bem. Concordo perfeitamente com esta perigosa infiltração. Percebo perfeitamente bem que uma ação sorrateira está sendo realizada por esses meios incrédulos "de direita" para minar o bloco da tradição católica. Agradeço-lhe por chamar novamente a minha atenção para este tipo de problema" (Monsenhor Lefebvre, Écône, 16 de setembro de 1987, citado por E. Couvert em seu livro "La Gnose en question", p. 157. O fac-símile desta carta encontra-se no livro de Max Barret "Monsenhor Lefebvre, simplesmente" na p. 134).

Assim se expressava Monsenhor Lefebvre sobre o perigo que a Fraternidade corria de ser infiltrada por agentes da contra-igreja. Jean Vaquié, eminente contrarrevolucionário, amigo pessoal de Monsenhor Lefebvre, dedicou grande parte de sua vida a denunciar a infiltração gnóstica nos meios tradicionais. Entre suas obras, encontramos os "Cahiers de la Société Augustin Barruel" (Cadernos de Augustin Barruel), uma revista dedicada especificamente à investigação e ao estudo da penetração e do desenvolvimento da Revolução dentro do Catolicismo. Uma parte muito importante desses estudos foi dedicada à Gnose.

O que é a gnose? Jean Vaquié a definiu como:

Uma vegetação religiosa parasitária, que se alimenta do Cristianismo para tirar dele um certo número de elementos que desviará de seu sentido natural para dar-lhe um novo significado totalmente oposto ao ensino da Igreja. A Gnose é uma seita de iniciados, que pretendem ter recebido uma revelação mais perfeita do que a de Jesus, reservada a espíritos de elite que serão desviados do ensino ordinário da Igreja e constituir como uma úlcera que rói o interior da comunidade cristã. (...) Todas as suas ações estão destinadas, na realidade, a desviar os Católicos da adoração do verdadeiro Deus e levá-los à adoração da Serpente, objetivo supremo da seita... (Cadernos Barruel Nº 3, p. 24)

No Nº 9 dos "Cadernos Barruel", fomos alertados sobre um certo professor Borella, em um artigo intitulado "A Gnose "tradicionalista" do professor Borella". O autor nos diz, a modo de introdução:

"Estamos confrontados com uma penetração subversiva no topo, já não na base, de elementos de alto nível universitário que pretendem ensinar a todos os tradicionalistas e o fazem com sucesso graças a inacreditáveis, mas reais, proteções eclesiásticas. Portanto, é preciso eliminar esta praga desde sua raiz, caso contrário a infecção poderia atingir todo o corpo; já foi feito um certo mal e não é certo que não deixará sequelas, por isso devemos usar punho de ferro contra eles com energia."

Logo:

O professor Jean Borella leciona na Universidade de Nancy II. Ele se tornou conhecido, desde 1979, por um livro intitulado "A caridade profanada" nas Edições Cedre e por artigos cada vez mais frequentes publicados na revista "O Pensamento Católico".

Já que ele escolheu esses dois meios de divulgação, é evidente que este escritor deseja se dirigir a um público tradicionalista. (...) A doutrina do professor Borella foi feita para agradar aos católicos tradicionalistas...

Pois bem, já em 1987 (oito anos após seu primeiro aviso), os "Cadernos Barruel", em seu número 16, denunciavam:

"Um sacerdote guenoniano em Écône:

Sim. O leitor leu corretamente. O Padre Leschenne, ordenado sacerdote em Écône em 27 de junho de 1986, afirma-se como discípulo de Jean Borella e do pensamento expresso por este em seu livro "A Caridade Profanada", mais ainda, ele lhe atribui a origem de sua vocação.

Fazemos algumas perguntas: 1.- De que vocação se trata? Se lembrarmos o que foi escrito nos números anteriores desta revista (...) é evidente que se trata de uma vocação esotérica destinada a fazer penetrar as doutrinas e práticas gnósticas sob o disfarce e com os meios do sacerdócio católico... 2.- Essa dupla natureza do padre Leschenne era conhecida de seus superiores? Sem dúvida, há alguns anos, a posição deste sacerdote estava em perigo no seminário de Écône, sabemos que numerosas discussões e disputas opunham os adversários e os partidários do Bonellismo e da Gnose.

Nessas condições, não podemos deixar de estar surpresos com tal ordenação... e de questionar as intenções reais dos superiores que encobrem tais manobras, tanto mais que esta ordenação não era a única deste gênero".

Este é o fac-símile de um jornal que noticia este sacerdote. Sublinhada está sua afirmação de que sua vocação nasceu da leitura de Borella.

E Max Barret nos informa em seu "Courrier de Tychique" n° 277: Pois se o Padre Leschenne já aderiu a Roma, outros não apenas permanecem em seu lugar, mas ocupam quase todos os postos estratégicos da FSSPX.

CONTINUA...